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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Deus



As minhas estrelas se apagaram por alguns dias. Eu me senti mal, senti medo, me senti fraca e sozinha como nunca havia me sentido antes. Dias cinzas nasciam pra mim e noites frias e solitarias me atormentavam. Procurei alguém, e não encontrei ninguém. Nem sabia ao certo onde eu mesma andava. Rezei como a tempos não rezava, chorei como a tempos não chorava também. Tudo sumiu de repente, tudo foi embora. Sem alguém, sem ninguém, sem mim. A imagem do espelho já nem era mais a minha também. Queria alguém pra desabafar, mas sem saber o que ao certo falar. São lamentos só meus, coisas só minhas. Eram questões de passado, de presente e até mesmo de futuro, coisas que não podiam ser resolvidas por ninguém. Todo mundo tem problemas demais, lamentos demais, choros demais, dramas demais... Todo mundo chora, todo mundo sente, e eu também, mas dessa vez era diferente. Não eram coisas bobas, eram coisas infinitas. Não tinha com quem falar, então falei com a única pessoa que estava ao meu alcance, eu não podia ver, mas eu sentia: Deus.

E eu não pedi pra que ele acabasse com os meus problemas, nem chorei, nem sorri. Eu nem sei ao certo se eu rezo direito, mas a minha oração foi só um "Senhor, fica do meu lado. Amém". Foi quando as estrelas começaram a brilhar fraquinho no meu céu, os dias em preto e branco voltaram a colorir, a minha imagem no espelho voltava a sorrir... Era eu, novamente. Deus não precisava me dar nada que eu já não tivesse, olhei em minha volta e eu tinha tudo, eu tinha o mundo.

A fé é tudo o que se precisa para se chegar mais longe, a mão de Deus é tudo o que é realmente preciso pra ver que não se precisa ir tão longe pra enxergar as coisas belas da vida. A vista do mundo também é linda da onde você está e a sua vida também é linda da maneira como você a vive.

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