Páginas

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pensamentos ...


Hoje mesmo eu estava pensando... É tanta coisa boa que acontece na nossa vida, mais coisas boas do que ruins muitas vezes, e mesmo assim, quando a gente para pra pensar, a gente só lembra das coisas ruins. As coisas boas parecem passar em branco na nossa cabeça. Até acaba parecendo que só as coisas ruins causam impacto nas nossas vidas... As vezes parece que o que foi bom não valeu de nada. Talvez nem possa mesmo valer diante da enorme dimensão de coisas ruins que muitas vezes nos acontecem, sem a gente nem mesmo saber o porque. A gente não se acostuma com as coisas ruins, porque elas não estão nos nossos planos. Quando a gente fecha os olhos à noite e para pra pensar na vida, a gente não pensa em possíveis desgraças, em mudanças de planos que não vão dar certo, em decepções... A gente fantasia tudo detalhadamente perfeito, e é esse o nosso erro. É como montar um castelo perfeito, que deu o maior trabalho, na beira do mar  e depois ver uma onda enorme vir e destruir tudo. É assim na vida. Quando a gente deita no travesseiro construímos sonhos perfeitos, fazemos planos tão corretos, pra acordar no outro dia e saber que não vai ser assim. E o pior, quando não é assim, a gente acaba se frustrando, achando que não é feliz, se culpando pelas coisas boas não acontecerem. As coisas boas acontecem sim, o que não acontece são as coisas impossíveis, as coisas que a nossa mente criou, os planos que nós fizemos, antes mesmo de saber o que nos esperava. Tudo que é muito planejado, acaba não dando certo, tudo... Principalmente as nossas expectativas ! E a culpa é sim toda nossa, não das coisas ruins acontecerem, mas de não estarmos preparados pra lidarmos com elas. Culpa nossa, culpa dos sonhos, culpa da mania de perfeição que a gente tem. A gente não tá acostumado, e quem sabe nunca vai se acostumar, por mais que a vida ESFREGUE na nossa cara: as coisas não vão ser nunca exatamente como a gente planeja, coisas boas vão te acontecer e coisas ruins também, os teus planos podem ser perfeitos... Mas a vida não é, nem pra você, nem pra mim, nem pra ninguém!

Convivência




A convivência nos ensina a lidar com os afetos e os espinhos que uma relação próxima ou diária  pode causar. A gente acaba, querendo ou não, conhecendo e tentando nos aceitar da forma diferente que somos, que agimos, que pensamos... Muitas vezes, as diferenças acabam se completando e a gente acaba entendendo que não precisamos ser e pensar igual pra termos uma boa relação. Mas também há as diferenças que nos afastam, ou que nos aproximam negativamente. Nós TODOS somos diferentes e talvez essa seja a nossa única coisa em comum, essa seja a nossa única igualdade. A convivência nos ensina a sentir, mexe com a nossa emoção o tempo todo. Nos ensina a ver que por mais que a gente discorde de tudo, não consiga se aceitar devidamente em nada, tenha ideias e ideais totalmente diferentes... a gente acaba sentindo saudade quando a convivência morre, acaba. É assim com todo mundo que se aproxima demais e depois precisa se afastar. A gente sente saudade sim, saudade das brigas, das discordâncias, das vezes que tentamos concordar e não deu certo, até mesmo dos momentos de fúria, e assim é a convivência. Depois ainda, a gente tem aquela coisa de parar e pensar que podia ter sido diferente, de lembrar das vezes que a gente não perdoou o erro do outro, e a gente acaba não perdoando à nós mesmos por isso. A gente para e pensa nas palavras que a gente podia ter dito e não disse, nos olhares solidários e amigáveis que a gente podia ter trocado e não trocamos, nas ajudas que a gente se negou de dar... E é aí que a gente se dá conta, depois que já passou, que por mais que a convivência fosse ruim, ela era única. E coisas únicas são insubstituíveis. E coisas insubstituíveis, quando vão embora, não voltam mais. É assim com a convivência. É assim com as pessoas. Foi assim comigo !

"A vida é como uma pessoa boa, cê só nota quando vai embora."